discrição inicial

"O marketing moderno exige mais do que desenvolver um bom produto a um preço atraente e torná-lo acessível. As empresas precisam também de comunicar com as partes interessadas actuais ou potenciais e com o público em geral. Para a maioria das empresas, o problema não é comunicar, mas sim o que dizer, como dizer, a quem dizer e com que frequência. Mas as comunicações tornaram-se cada vez mais difíceis à medida que um número crescente de empresas tem de berrar para atrair a atenção dividida do consumidor." (Philip Kotler, 2005)

19 de dezembro de 2010

As mascotes de Natal

Na época natalícia já é habitual o tipo de publicidade repetida, perfumes, chocolates, acessórios de moda, entre outros. No entanto, em 1993 surgiu um conceito inovador das grandes marcas de hipermercados, a mascote. Esta faz parte exclusivamente desta altura do ano, para promover, e publicitar a procura mais intensa dos brinquedos. Recentemente houve uma evolução, as grandes organizações, principalmente Continente, decidiu, não fazer anúncios somente para as crianças, mas também para os adultos, tentando criar uma lealdade do cliente em relação a causas solidárias. Assim, a atracção das crianças forçando uma persuasão aos pais para a compra dos brinquedos, é fortalecida com este novo modelo de publicidade.
Trenó de Natal (Modelo)
Popota - Daddy Cool (Modelo 2010)
Leopoldina Mundo dos Brinquedos 1994 (Continente)
Leopoldina e o Mundo Encantado dos Brinquedos (Continente 2010)

Apesar de na primeira publicidade do Modelo, o conceito de mascote começar a estar presente, ainda não esta bem vincada, melhorando significativamente mais tarde. Actualmente é sistemática a apresentação do anúncio nos nossos canais de comunicação. No entanto, e apesar de não existir nenhuma causa solidária directamente perceptível, existe uma abordagem diferente. As linhas da mascote foram alteradas, (actualizadas ao tempo moderno de preocupação cada vez mais acentuada com a saúde, e forma física) a banda sonora que acompanha todo o anúncio contrariamente ao que se estaria à espera, como música infantil, foi seleccionada uma música de 1976 não permitindo uma identificação desta por parte das crianças. Ou seja, estes modelos de publicidade deixaram de ser exclusivamente infantis, para passarem também a persuadir directamente os verdadeiros compradores deste tipo de linha de produtos, os pais. A actualização de linhas da mascote Leopoldina também foi notável. Contudo, apesar da banda sonora do anúncio estar dentro do que esperava, esta mascote, cada vez mais está relacionada com causas solidárias (Missão sorriso), procurando cativar também os principais compradores a preferirem a marca Continente.
Algumas questões que deixo hoje para reflexão:
- Esta forte tendência de direccionar a publicidade também aos elementos adultos, será uma abordagem melhor para afectação directa das vendas?
- Poderão as crianças começar a perder ligação com publicidades cada vez mais direccionadas aos seus pais?
- Este tipo de campanhas, servirão para fidelizar o cliente final?

12 de dezembro de 2010

Publicidade no século XX

No seguimento da minha primeira publicação neste blog, “Do passado ao presente”, escolhi para a publicação deste domingo, alguns anúncios de marcas bem conhecidas da actualidade. Porque é importante não só para profissionais, como para estudantes, haver uma noção do que foi antigamente a publicidade, comparativamente ao que existe hoje.
Tenhamos em atenção os exemplos:
Água Castelo anos 90
Canetas Bic
Sabão Clarim 1985

Ecoponto de Lisboa 1997
Knorr Anos 70
Corneto da Olá 1986
Páginas Amarelas
Philips
Sagres





Algumas questões que deixo hoje para reflexão:
- Antigamente a publicidade tinha mais qualidade do que agora?
- Existia mais valor associado às marcas nos anos passados?
- Quais as intenções hoje em dia com a publicidade? E Antigamente?

6 de dezembro de 2010

Publicidade "Shock"

Existem anúncios publicitários que se conseguem diferenciar dos anúncios convencionais.
Alguns pela positiva, outros que agridem psicologicamente a interpretação do espectador.
A publicidade shock define-se pelos aspectos geralmente negativos, durante a sua reprodução e em alguns casos apelam ao medo ou até mesmo a uma experiência traumática ao assistir a determinado anúncio dessa categoria. A maior parte destes anúncios, estão associados a causas, ou a instituições defensoras de iniciativas contra a sida, direitos humanos, etc.
Tenhamos em atenção os exemplos:
Este é um dos anúncios da categoria de publicidade shock, cuja mensagem está ligeiramente explícita desde inicio, no entanto é no final deste que se desvenda a verdadeira causa e intenção do anúncio. Este cativa o espectador, transmitindo uma imagem com conotação negativa, de violência, associada à brutalidade praticada nas touradas, defendendo-a em nome da tradição.

Mais um anúncio da mesma categoria. Neste caso, aborda um assunto preocupante da nossa sociedade e da nossa responsabilidade, que necessita de divulgação, divulgação esta que não se consegue transmitir através de publicidade convencional.
Num último exemplo:

Neste caso, não sendo um anúncio televisivo mas sim um outdoor, tem o mesmo efeito dos anúncios anteriores. Com um fundo negro e letras vermelhas, através de aspectos psicológicos na recepção da mensagem nesta publicidade, remete ao pensamento de sangue e mortos na estrada, esta publicidade embora não seja 100% eficaz, ficou provado através de estudos psicológicos que um condutor ao abordar este elemento, abranda momentaneamente o seu veículo, porque existe uma ligação entre a mensagem e o acto instantâneo de condução.
Algumas questões que deixo hoje para reflexão:
- Em relação aos dois primeiros anúncios, deverão estes ser transmitidos a qualquer hora?
- Será este método mais eficaz que a publicidade convencional?
- No exemplo do outdoor, deveria existir mais repetição deste género de elemento nas redes rodoviárias mais propícias a acidentes?
- Deveria ser utilizada mais publicidade associada a esta categoria shock, dirigida a outros segmentos e outros produtos ou causas?


Outro caso similar: