Na época natalícia já é habitual o tipo de publicidade repetida, perfumes, chocolates, acessórios de moda, entre outros. No entanto, em 1993 surgiu um conceito inovador das grandes marcas de hipermercados, a mascote. Esta faz parte exclusivamente desta altura do ano, para promover, e publicitar a procura mais intensa dos brinquedos. Recentemente houve uma evolução, as grandes organizações, principalmente Continente, decidiu, não fazer anúncios somente para as crianças, mas também para os adultos, tentando criar uma lealdade do cliente em relação a causas solidárias. Assim, a atracção das crianças forçando uma persuasão aos pais para a compra dos brinquedos, é fortalecida com este novo modelo de publicidade.
Trenó de Natal (Modelo)
Popota - Daddy Cool (Modelo 2010)
Leopoldina Mundo dos Brinquedos 1994 (Continente)
Leopoldina e o Mundo Encantado dos Brinquedos (Continente 2010)
Apesar de na primeira publicidade do Modelo, o conceito de mascote começar a estar presente, ainda não esta bem vincada, melhorando significativamente mais tarde. Actualmente é sistemática a apresentação do anúncio nos nossos canais de comunicação. No entanto, e apesar de não existir nenhuma causa solidária directamente perceptível, existe uma abordagem diferente. As linhas da mascote foram alteradas, (actualizadas ao tempo moderno de preocupação cada vez mais acentuada com a saúde, e forma física) a banda sonora que acompanha todo o anúncio contrariamente ao que se estaria à espera, como música infantil, foi seleccionada uma música de 1976 não permitindo uma identificação desta por parte das crianças. Ou seja, estes modelos de publicidade deixaram de ser exclusivamente infantis, para passarem também a persuadir directamente os verdadeiros compradores deste tipo de linha de produtos, os pais. A actualização de linhas da mascote Leopoldina também foi notável. Contudo, apesar da banda sonora do anúncio estar dentro do que esperava, esta mascote, cada vez mais está relacionada com causas solidárias (Missão sorriso), procurando cativar também os principais compradores a preferirem a marca Continente.
Algumas questões que deixo hoje para reflexão:
- Esta forte tendência de direccionar a publicidade também aos elementos adultos, será uma abordagem melhor para afectação directa das vendas?
- Poderão as crianças começar a perder ligação com publicidades cada vez mais direccionadas aos seus pais?
- Este tipo de campanhas, servirão para fidelizar o cliente final?
